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quarta-feira, 31 de julho de 2013

Fiscalização flagra paciente morrendo em chão de hospital no AP

Uma vistoria realizada pelo Conselho Regional de Medicina do Amapá (CRM-AP) e Sindicato dos Médicos do Amapá (Sindmed-AP) nesta terça-feira (30), no Hospital de Emergências de Macapá, flagrou o momento em que um paciente é atendido no chão da UTI semi-intensiva da instituição, após uma parada cardíaca.
A tentativa de reanimação acontece no chão mesmo, entre as macas. Com a sala lotada e sem leito, médicos e enfermeiros chegam a fazer o procedimento de primeiros socorros, mas instantes depois, a vítima morre.
Além desse, outros casos de atendimento precário foram registrados durante a inspeção dos profissionais. A equipe constatou diversas irregularidades como superlotação e falta de equipamentos no HE, e na Unidade Básica de Saúde Lélio Silva, no bairro Buritizal.
A ação faz parte da mobilização nacional da categoria iniciada nesta terça-feira, contra a implantação do programa 'Mais Médicos' do Governo Federal. O presidente do CRM-AP, Dorimar Santos, é contra a medida provisória, e aponta que a solução para a saúde no Amapá, "não é o acréscimo do número de profissionais, mas sim a disponibilidade de condições adequadas de trabalho para a categoria", protestou.
O vice-presidente do Sindmed-AP, Joel Brito, caracterizou a situação do HE como desumana.

Regiclaudio Silva, diretor do Hospital de Emergências (Foto: John Pacheco/G1)
Regiclaudio Silva, diretor do Hospital de
Emergências (Foto: John Pacheco/G1)
O diretor do HE, Regiclaudio Silva, justificou o atendimento de urgência no chão como uma medida necessária. "Por ser um hospital de pronto atendimento, temos que atender todos que chegam. Na UTI semi-intensiva temos capacidade para 4 pacientes. No momento em que chegou a vítima todos os leitos estavam lotados", explicou.
O diretor do HE disse ainda que as fiscalizações do CRM-AP devem ficar atentas não só ao que o governo oferece como condição de trabalho, mas também ao comportamento dos próprios médicos. "A saúde precisa ser despolitizada", ressaltou.
A fiscalização dos médicos foi registrada em vídeos e fotos, e o material foi cedido à imprensa nesta quarta-feira (31).

Pacientes aguardam no corredor do Hospital de Emergência em Macapá (Foto: Divulgação/CRM-AP)Pacientes aguardam no corredor do Hospital de Emergências em Macapá (Foto: Divulgação/CRM-AP)
 
O conselho destacou ainda, a falta de profissionais e equipamentos na UTI semi-intensiva do hospital. "A situação da saúde que é ofertada hoje ao paciente no Amapá é degradante. No estado, temos a saúde pública como principal forma de atendimento, e se isso falha, toda a população fica em risco", lamentou o neurologista Dorimar Santos.

Hospital de Emergências de Macapá (Foto: Divulgação CRM)H
ospital de Emergências de Macapá
(Foto: Divulgação CRM)

Na UBS Lélio Silva, localizada no bairro Buritizal, a fiscalização constatou a falta de limpeza no local. A caixa d'água da unidade não tinha tampa, facilitando a contaminação da água. Havia mato no entorno do prédio da UBS.
As imagens serão enviadas para os Ministérios Públicos Federal e Estadual juntamente com um relatório sobre a situação encontrada pelos profissionais nas duas unidades de saúde.
No final da tarde desta quarta-feira, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) divulgfou nota em que informa que "o caso exposto pelo CRM é o retrato da herança maldita que foi deixada pela gestão anterior, que não fez investimentos na área da saúde nos últimos 10 anos", diz a nota, acrescentando que "as obras dos hospitais de Santana e Oiapoque foram reiniciadas em 2011, requerendo grandes correções decorrentes de projetos mal elaborados".

Pacientes internados no corredor do HE em Macapá (Foto: Divulgação/CRM-AP)
Pacientes internados no corredor do HE em
Macapá (Foto: Divulgação/CRM-AP)

Em outro trecho, a nota diz que "o Hospital Metropolitano, de responsabilidade da Prefeitura de Macapá, que poderia desafogar o estrangulamento do 'Pronto Socorro Estadual', é um caso famoso de obra parada sem data para conclusão".
Ainda de acordo com a nota, "o Hospital de Emergência tem sua reforma e ampliação prevista nesse processo de reestruturação do SUS no Estado do Amapá, os projetos executivos estão na fase de finalização para sua licitação. No momento
estamos realizando uma obra emergencial para aumentar a capacidade de atendimento daquela unidade de saúde".
A nota diz ainda que "o material produzido pelo CRM visa atender a pauta nacional da
classe médica, sem considerar a dificuldade crônica de contratação de médicos para atuarem na Amazônia, a exemplo do maior concurso público da saúde realizado em 2011, que até hoje não teve a totalidade das vagas preenchidas".

Produtora anuncia show de Chiquinha do 'Chaves' no Brasil

Chiquinha manda recado para Brasil em vídeo de produtora (Foto: Divulgação/Z Generation)A produtora Z Generation anunciou show no Brasil da atriz mexicana María Antonieta de las Neves, que interpreta a Chiquinha do seriado "Chaves". Segundo a empresa, ela vai se apresentar em novembro. A atriz mandou recado para o Brasil em vídeo.
"A nossa amada Chiquinha, do seriado Chaves, se apresentará pela primeira vez no Brasil em novembro", escreveu a produtora Z Generation, em sua página no Facebook. A empresa é também a responsável pela turnê brasileira da atriz e modelo venezuelana Gaby Spanic, conhecida por ter estrelado a novela "A Usurpadora".
 
 
 
 
 
G1

terça-feira, 30 de julho de 2013

Dólar fecha em alta e volta a atingir a maior cotação do ano

O dólar fechou em alta ante o real nesta terça-feira (30) e voltou a alcançar o maior valor do ano. Com isso, a moeda se mantém no maior nível desde 1º de abril de 2009. Na segunda-feira (29) a moeda já tinha fechado na maior cotação de 2013.
 
O mercado está de olho na reunião do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) nesta quarta-feira, que definirá os rumos da política monetária dos Estados Unidos. Os investidores também repercutiram injeção do banco central da China de recursos nos mercados monetários, aliviando temores de outro aperto de crédito na segunda maior economia do mundo, diz a Reuters.
Investidores temem que o banco central dos Estados Unidos sinalize uma possível redução em seu programa de estímulo monetário, que tem garantido alta liquidez internacional e alimentado o apetite dos investidores por moedas de países emergentes.
"O mercado está alinhando com as moedas lá fora. Os investidores parecem estar buscando a segurança no dólar na vespera do Fomc [o comitê de política monetária do Fed]", afirmou um operador de câmbio de banco brasileiro à Reuters, que pediu anonimato.
"O país está com problema de fluxo, por isso começa a se acentuar a falta de dólares no mercado a vista", disse o diretor executivo da NGO Corretora, Sidnei Nehme, à Reuters.
No mês até o dia 19, o fluxo cambial estava negativo em US$ 2,484 bilhões, segundo dados do BC.
 
 
 
G1.

Obras das principais rodovias do PAC têm atraso médio de 4 anos

As principais obras de rodovias do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) registram atraso médio de quatro anos em relação à data inicialmente prevista de conclusão, segundo levantamento do G1 realizado com base em dados do Ministério do Planejamento, gestor do programa.
 
Entre o primeiro balanço do PAC, em abril de 2007, e o último, divulgado em junho deste ano (veja reportagem do Jornal Nacional no vídeo ao lado), os nove empreendimentos em rodovias apontados como "ações significativas" pelo Ministério do Planejamento apresentam média de atraso de 48 meses, segundo o levantamento. Essas nove obras integram o PAC 2 desde o lançamento, em março de 2010 – oito estão em andamento e uma foi concluída.

De acordo com os dados do ministério, há rodovias com atrasos de até seis anos, como é o caso do Arco Rodoviário do Rio de Janeiro (BR-493). A obra, segundo previsão dada em 2007 pelo governo, devia ter sido concluída em 2010. Com o lançamento do PAC 2, na gestão de Dilma Rousseff, a conclusão foi postergada para 2014. Agora, o prazo estabelecido pelo Planejamento é 31 de dezembro de 2016.
A cada balanço do PAC, o governo remarca as datas previstas de conclusão dos empreendimentos. Ainda que não tenha sido entregue na data marcada, a maior parte das obras recebe status de “adequada” porque passa a ser regida por um novo cronograma.
 
 
 
G1

PREGAÇÃO DE MARCO FELICIANO EM SANTARÉM DEIXA O POVO REVOLTADO

Vídeos mostram confusão em pregação de pastorO Jornal Tapajós teve acesso a vídeos que mostram os manifestantes sendo retirados do culto em comemoração aos 85 anos da igreja evangélica Assembleia de Deus, em Santarém, oeste do Pará, que contou com a pregação do pastor e presidente da Comissão dos Direitos Humanos na Câmara Federal, Marco Feliciano.
 
Uma pequena manifestação contra racismo e homofobia e contra o cargo ocupado pelo pastor se formou durante o evento.
 

Em meio a milhares de fieis, o pequeno grupo de universitários levantou a bandeira do movimento gay pedindo o fim do preconceito. Era o momento de pregação do pastor e deputado federal Marco Feliciano, que já causou muita polêmica ao criticar o homossexualismo. O clima ficou tenso quando os manifestantes começaram a cantar contra ele. Em imagens feitas com um telefone celular, o grupo discute com seguranças da igreja evangélica que tentavam afastar os manifestantes. Mais uma vez os manifestantes levantam a bandeira GLBT e protestam. Durante a pregação, o pastor faz uma pausa e pede a retirada dos manifestantes. Os policiais acatam o pedido do deputado e retiram os manifestantes do meio da multidão.

Três estudantes disseram terem sido agredidos fisicamente pelos seguranças e por policiais militares. A denúncia foi registrada na noite de segunda-feira (29), depois do protesto na seccional de Polícia Civil. O delegado responsável pelo caso, Tiago Rabelo, disse que a polícia já abriu inquérito para apurar os fatos e que já foi solicitado o exame de corpo de delito.

Para os manifestantes, a ação dos seguranças da igreja e da polícia foi abusiva e violenta.

O responsável pela segurança do evento, o pastor Edenilson Moura, informou por telefone que não foi contratado segurança particular por ser um evento religioso, e não viram a necessidade de seguranças, mas havia voluntários da igreja que estavam dando o apoio. A Igreja vai acompanhar o inquérito da Polícia Civil, mas não vai proceder contra os manifestantes.
 
 
 
Notapajós.

Chimpanzés ganham novos direitos nos EUA

Jane Goodall diz que foi uma epifania que a levou a deixar para trás seus pioneiros estudos de observação dos chimpanzés na natureza -que revelaram a complexidade social e emocional desses animais- e a embarcar numa vida de ativismo global.
Aquele momento aconteceu numa conferência há 27 anos e a levou a lançar uma campanha de proteção aos chimpanzés -os que estão na natureza e os que vivem em cativeiro.
Os ativistas que defendem os direitos animais conquistaram vitórias importantes no mês passado, quando duas agências dos Estados Unidos tomaram medidas que, juntas, podem chegar perto de sustar as experimentações médicas com chimpanzés.
Em 26 de junho, o Dr. Francis S. Collins, diretor dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH, na sigla em inglês), em Maryland, anunciou que mais de 300 dos 360 chimpanzés pertencentes ao NIH serão aposentados em santuários nos próximos anos.
O anúncio se seguiu à proposta, feita 15 dias antes pelo Serviço de Pesca e Vida Silvestre dos EUA (USFWS), de incluir os chimpanzés, inclusive os confinados, na lista de espécies ameaçadas de extinção. O plano aumenta as barreiras para a realização de experimentos com chimpanzés, ao exigir autorização para quase qualquer tipo de pesquisa médica com os animais, a não ser os que envolvam apenas observação ou exames que façam parte de consultas veterinárias normais. As permissões seriam dadas apenas quando as autoridades considerassem que a pesquisa em questão seria benéfica aos chimpanzés.
Goodall escreveu sobre seus estudos com chimpanzés ao longo de anos no livro "The Chimpanzees of Gombe: Patterns of Behavior" (Os chimpanzés de Gombe: Padrões de comportamento).
Leah Nash/The New York Times
Agências de pesquisas decidiram reduzir o uso de chimpanzés em pesquisas; santuário em Seattle
Agências de pesquisas decidiram reduzir o uso de chimpanzés em pesquisas; santuário em Seattle
"Sempre senti que eu não tinha as credenciais necessárias para enfrentar alguns desses profissionais de laboratório, com seus aventais brancos", comentou recentemente, falando de sua casa na Tanzânia. Mas, depois de publicar seu livro, ela passou a ter mais autoconfiança.
Nos últimos anos, enquanto grupos de defesa do bem-estar animal travavam uma forte e pragmática campanha contra experimentos invasivos, como sujeitar chimpanzés a vacinas e tratamentos contra doenças humanas, Goodall teve conversas ocasionais com Collins, alguém que talvez seja o exemplo máximo em termos de profissional de laboratório. "Fiquei impressionada desde nosso primeiro encontro", comentou acerca de Collins. "Ele concordou que algo deveria ser feito e o fez."
O caminho que levaria às últimas decisões começou em junho de 2010, quando o NIH começou a transferir 186 chimpanzés que estavam vivendo "semi-aposentados" em Alamogordo, no Novo México, de volta à vida de utilização em pesquisas. Eles iriam para o Instituto de Pesquisas Biomédicas do Texas.
"Foi isso o que desencadeou todo o movimento", contou Sarah Baeckler Davis, da Aliança de Santuários de Primatas da América do Norte. "Foi quando todos nós começamos a gritar contra a transferência dos chimpanzés."
Os animais tinham sido usados em pesquisas pela Fundação Coulston, na instalação de Alamogordo, fechada após muitas acusações de maus-tratos. A entidade Save the Chimps [Salvem os chimpanzés] trouxe alguns deles para a Flórida, onde existe o maior santuário de chimpanzés da América do Norte. Outros ainda estavam em Alamogordo, mas não estavam sendo usados em pesquisas.
Políticos conhecidos pediram uma revisão da necessidade de utilizar chimpanzés em pesquisas. Outros grupos de defesa dos animais se aliaram à causa.
O NIH cedeu, e Collins pediu ao Instituto de Medicina que realizasse o estudo. Divulgado em dezembro de 2011, o relatório concluiu que há pouquíssima necessidade de chimpanzés em pesquisas médicas. Os chimpanzés, segundo o relatório, devem ser usados apenas em casos necessários para a saúde humana, e, mesmo nessas situações, os animais devem ser abrigados em grupos sociais, com muito espaço e elementos adicionais.
No mês passado, Collins aceitou o relatório do comitê. "Boa parte das pesquisas conduzidas com chimpanzés não se justificavam mais, porque tínhamos outras maneiras de obter as mesmas respostas", disse ele. "Além disso, é preciso levar em conta que chimpanzés são criaturas especiais."
Os ativistas não defendem apenas os chimpanzés. Para Jane Goodall, "uma vez que você admite que não somos os únicos dotados da capacidade de pensamento e de emoção, isso levanta questões éticas sobre como usamos e abusamos de outros seres".
 
 
New York Times/F5.