Em mais um episódio da guerra interna no PMDB, Eduardo Cunha partiu para cima de Renan Calheiros, ontem, durante um café da manhã com jornalistas. Ele disse que estão poupando o presidente do Senado nas investigações da Lava Jato.
A fala de Eduardo Cunha foi reproduzida pelo Estadão:
"Na ação cautelar minha, que motivou busca e apreensão, tem um relatório das ligações de Leo Pinheiro (OAS) com 632 páginas, dizendo que são apenas 10% das chamadas feitas por ele até agora. Dessas 632, tem 60 páginas que tratam do presidente do Senado. Ninguém publicou uma linha. Então, é preciso olhar com cautela, porque está se selecionando sobre quem divulgar."
Teori Zavascki, de fato, não autorizou que a PF fizesse busca e apreensão nos endereços de Renan Calheiros, como havia sido pedido por Rodrigo Janot.
O Brasil, que hoje é o terceiro maior produtor da bebida no mundo, tem na cerveja a bebida preferida dos mais de 200 milhões de habitantes. Mas, curiosamente, a bebida que é servida por aqui, na grande maioria dos casos, não é cerveja.
A "Reinheitsgebot", Lei da Pureza da Cerveja, foi promulgada em 23 de abril de 1516 pelo Duque Guilherme IV da Baviera e tinha como objetivo regular a fabricação da bebida em território alemão. O texto era simples, dizia que a cerveja só poderia ser feita com três ingredientes: água, malte de cevada e lúpulo. Até hoje: mais de quinhentos anos depois, a maioria dos cervejeiros alemães ainda segue a receita à risca.
O mesmo não acontece por cá. Grandes marcas nacionais como a Kaiser, Skol, Brahma, Antarctica, Bohemia e Itaipava se aproveitam de uma "brecha" na legislação brasileira para não usarem cevada em suas bebidas. Aqui é permitido que até 45% do malte de cevada seja substituído por outras fontes de carboidratos mais barata. O que entra na garrafa então é milho transgênico, produto que existe em abundância no país e que reduz drasticamente o custo das cervejarias. Nosso país está entre os maiores produtores de transgênicos do mundo; aproximadamente 90% do milho brasileiro é não orgânico.
Para saber do que é feita sua cerveja preferida, basta ler o rótulo da embalagem. Normalmente, a descrição diria: água, malte de cevada e lúpulo, ou água, cevada e lúpulo. No entanto, nas marcas nacionais citadas acima, a composição descrita retira o malte de cevada e inclui a expressão 'cereais não maltados'. A 'nova fórmula' da bebida no Brasil começou a ser posta em prática a partir de 2007, quando o Ministério da Ciência e Tecnologia liberou a comercialização de milho transgênico em território nacional. Esta mudança impede que o consumidor saiba do que realmente é feita a bebida, pois em todos os casos não é especificado que tipo de cereal é utilizado na fabricação da cerveja.
Em 2013, uma pesquisa de cientistas brasileiros da Unicamp, USP e Universidade Federal do Rio Grande do Sul, foi publicada no "Journal of Food Composition and Analysis" (jornal científico internacional com estudos sobre a composição dos alimentos) demonstrando o alto grau de adulteração da cerveja brasileira. O consumidor deve, portanto, pensar bem antes de comprar a cervejinha para o churrasco. O risco de levar gato por lebre é grande.
Recebemos um e-mail informando que existem supostos "espiões" infiltrados em partidos políticos de Santarém. O objetivo seria coletar informações sobre as movimentações dos pré-candidatos a Vereador e Prefeito, além de sugerir atividades que podem prejudicar o partido.
Outra informação que consta no texto do e-mail é sobre presidentes de partidos que estariam repassando orientações incorretas aos seus pré-candidatos para que percam o direito de se candidatar e repassem seus votos a um único candidato, provavelmente o próprio presidente da legenda.
Esta segunda informação já foi comentada em um das publicações deste blog na nossa página do Facebook.
Segundo consta no e-mail, o objetivo é alertar os pré-candidatos e demais partidários.
O Valor informa que investigadores da Zelotes e da Lava Jato vão compartilhar informações, pois acreditam que todos os indícios colhidos apontam para o tráfico de influência exercido por José Carlos Bumlai.
Os cartões de visita apreendidos com Bumlai são uma pista importante. Ele tinha os cartões e números pessoais de empreiteiros, consultores, políticos e lobistas, muitos citados na Zelotes, na Lava Jato e em outras tantas investigações.
Em seu primeiro dia como ministro da Fazenda, dólar dispara e bolsa opera em queda(Evaristo Sá/AFP)
O dólar está em alta expressiva no primeiro dia de Nelson Barbosa como ministro da Fazenda. Por volta das 14 horas, a moeda americana subia 2,18%, sendo cotada a 4,03 reais. A Bovespa, por sua vez, estava em queda de 1,20%, a 43.385 pontos.
A moeda americana e o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, começaram a dar sinais pessimistas durante a teleconferência organizada pelo banco JP Morgan, que tinha como intuito acalmar os negócios do mercado financeiro após a saída de Joaquim Levy do Ministério.
Durante a conversa, Barbosa reafirmou que dará continuidade à política econômica do governo e se comprometeu a perseguir a meta de superávit fiscal de 0,5% do PIB no próximo ano.
A crise política que o governo Dilma Rousseff atravessa atingiu nesta quarta-feira seu mais alto grau até agora: o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), aceitou o pedido de impeachment contra a presidente. Cunha deu aval à representação ingressada no dia 21 de outubro pelos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaína Paschoal e que foi endossada por partidos de oposição. A decisão se dá justamente no dia em que a bancada do PT fechou questão pela continuidade das investigações contra Cunha no Conselho de Ética, que podem dar ensejo à perda do seu mandato. Pressionado pela militância, a bancada acabou por ir contra os interesses do Palácio do Planalto, que trabalhava para poupar o peemedebista do processo de cassação - ao negar a Cunha os três votos que o salvariam no colegiado, a legenda acabou por selar também o destino de Dilma.
Pouco depois do anúncio petista, o gabinete de Cunha foi palco de um verdadeiro entra e sai de deputados: o peemedebista convocou aliados e membros da oposição para informá-los de que estava decidido a anunciar uma decisão até hoje e consultar os parlamentares sobre o caminho a seguir. Instaurou-se, então, um clima de grande expectativa. Participaram das reuniões com o presidente da Casa o ex-deputado Sandro Mabel (PL-GO) e os deputados Paulinho da Força (SD-SP), Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), Jovair Arantes (PTB-GO), Eduardo da Fonte (PP-PE) e Mendonça Filho (DEM-PE). Além do impeachment, os parlamentares discutiram alternativas para barrar o seguimento do processo contra Cunha no Conselho de Ética. A oposição, então, se reuniu no gabinete do PSDB.
O documento protocolado pelos juristas traz uma série de alegações técnicas e jurídicas para sustentar os argumentos de que a petista deve perder o cargo por ter cometido crimes de responsabilidade ao incidir na prática das chamas pedaladas fiscais.
A autorização de Cunha é apenas o primeiro passo para o processo de impeachment. Agora, deve ser criada uma comissão composta por representantes de todas as bancadas da Câmara para emitir um parecer favorável ou contrário à continuidade da ação e será aberto prazo para a presidente apresentar sua defesa. O processo ainda precisa ser colocado em votação pelo presidente da Câmara e aceito por pelo menos dois terços dos deputados - ou seja, 342 congressistas. Mas com a popularidade no chão, a economia em frangalhos, acuada pelos tribunais e sem apoio no Congresso, Dilma terá dificuldades para evitar a abertura do processo.
Os juristas apresentaram dois pedidos de afastamento de Dilma Rousseff. O último deles, protocolado no fim de outubro, foi atualizado com a acusação de que as chamadas pedaladas fiscais, já condenadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU), se perpetuaram também neste ano - ou seja, no atual mandato. Isso pavimentou o caminho para a admissão do pedido, uma vez que Cunha havia dito que não aceitaria nada que não dissesse respeito ao mandato iniciado em janeiro.
Na peça que pede o impedimento de Dilma Rousseff, os autores citam ainda a corrupção sistêmica desvendada pela Operação Lava Jato e dizem que a ação da Polícia Federal "realizou verdadeira devassa em todos os negócios feitos pela Petrobrás, constatando, a partir de colaborações premiadas intentadas por Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef, que as obras e realizações propaladas como grandes conquistas do Governo Dilma não passavam de meio para sangrar a promissora estatal que, atualmente, encontra-se completamente descapitalizada e desacreditada".
O fator Cunha - Na tentativa de evitar a decisão que se deu hoje, o Palácio do Planalto havia dado início a negociações com Cunha, um desafeto de Dilma Rousseff: agiria para poupá-lo da cassação em troca do engavetamento do processo de impeachment. O acordo se tornou explícito quando o peemedebista adiou o anúncio de sua decisão, mesmo tendo garantido que o faria até o fim de novembro. Enquanto isso, seus aliados, com a ajuda de petistas, encaixavam sucessivas manobras para adiar a votação, no Conselho de Ética, do parecer do relator Fausto Pinato (PRB-SP) que pede o prosseguimento das investigações contra Cunha.
Eleito em fevereiro após concorrer com o candidato petista Arlindo Chinaglia (SP), o peemedebista impôs uma série de derrotas ao Planalto e autorizou a criação de CPIs para pressionar a gestão petista. A proposta do impeachment passou a ser colocada na mesa depois que o presidente da Câmara foi alvo de denúncia pelo Ministério Público no escândalo do petrolão. Para Cunha, o governo, em busca de retaliação, teve influência na ação da Procuradoria.
Rompido com o Planalto desde o episódio, Cunha se aproximou ainda mais da oposição e passou a fazer reuniões em sua casa para discutir o andamento do processo de impeachment. Um acordo para rejeitar o pedido e, em seguida, pautar um recurso em plenário chegou a ser ventilado. No entanto, a situação foi revertida após o peemedebista se enrolar ainda mais na Lava Jato e aparecer como proprietário de contas na Suíça.
Sem se posicionar sobre o afastamento de Dilma, Cunha acabou abandonado pelo PSDB e passou a negociar com o governo para salvar o seu próprio mandato. O acordo de proteção mútua foi articulado pelo ex-presidente Lula, que defendeu a petistas a necessidade de poupar Cunha para salvar o mandato de Dilma. Diante da avalanche de indícios contra Cunha, porém, a pressão sobre o presidente da Câmara não deu trégua.
As derrotas de Dilma - Também não cessou o desgaste da presidente Dilma Rousseff: ela acumula desde outubro importantes derrotas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no Supremo Tribunal Federal (STF), no Tribunal de Contas da União (TCU) e no Congresso. O TSE reabriu uma ação que pode resultar na cassação do mandato de Dilma e do vice Michel Temer, acusados pelo PSDB de abuso de poder político e econômico na eleição do ano passado.
Já o TCU reprovou as contas de 2014 da presidente e recomendou ao Congresso que faça o mesmo. Dilma foi formalmente acusada de usar bancos públicos para cobrir despesas da União, o que é proibido por lei - pouco antes, o STF havia negado pedido do Planalto para suspender o relator do caso, ministro Augusto Nardes. Há dois meses, amargando a pior avaliação popular da história, a presidente afastou seus ministros mais próximos e nomeou pessoas ligadas a Lula e ao PMDB. Na semana seguinte, sofreu duas derrotas na Câmara.
Com o país mergulhado na crise política, o vendaval econômico não deu trégua. Nesta terça-feira o IBGE informou que Entre janeiro e setembro, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro encolheu 3,2%. Esse é o pior desempenho da economia brasileira para esse período desde o início da série histórica, em 1996.
Reportagem de VEJA publicada no início deste mês revelou que o vice-presidente Michel Temer (PMDB) se prepara para a possibilidade, cada dia mais real, de Dilma Rousseff ser afastada do poder. Temer já conversa com políticos, juristas e empresários enquanto traça um plano para si e para o Brasil pós-Dilma.
Sem apoio popular nem parlamentar, diante de um cenário de recessão e inflação, a presidente Dilma já há muito não governa - apenas se sustenta no cargo. Agora, contudo, ficará mais difícil fazê-lo até 2018.
Com mais de 16 bilhões de mensagens trocadas todos os dias por mais de 900 milhões de usuários ativos em todo o mundo, o WhatsApp é o aplicativo queridinho para conversar com as pessoas, principalmente, com várias ao mesmo tempo. Quem é que não participa pelo menos um grupo criado no app, seja ele da escola, da família ou do pessoal do trabalho, e passa pelo menos alguns minutos (ou horas?) por dia "conversando" por lá?
O que muitos provavelmente não sabem é que além dos grupos, o WhatsApp oferece a possibilidade de mandar um recado de uma só vez para várias pessoas, mas sem a necessidade de "manter um diálogo" entre elas. O que pode ser útil, por exemplo, ao enviar um convite de aniversário ou avisar a família que chegamos bem depois de uma longa viagem.
O recurso, chamado de Lista de Transmissão (ou Broadcast List), permite criar uma lista de contatos, como se fosse um grupo, e enviar uma mensagem para ela. A diferença é que o recado chega individualmente para cada membro da lista, como se fosse uma mensagem enviada apenas para aquela pessoa. Se alguém resolver responder a mensagem, ela é direcionada apenas a quem criou a lista.
O único inconveniente é que a função Broadcast Lists aparece em lugares diferentes dependendo do celular ou do sistema operacional. Por exemplo: enquanto no iPhone ela está na própria tela do aplicativo, em outros celulares, o recurso é acionado ao apertar o "menu". E nem sempre está no mesmo lugar.
Veja como ativar a Lista de Transmissão nos principais sistemas operacionais:
No iPhone
Abra o aplicativo e escolha a opção Broadcast Lists (Listas de Transmissão). Ela fica no canto superior esquerdo da tela que lista todas as suas conversas.
Celulares com Android
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Para encontrar a função, existem duas maneiras, dependendo da versão do sistema operacional:
1. Abra o aplicativo e clique no botão "Menu" do próprio celular (imagem de três pontos ordenados na vertical).
2. Abra o aplicativo e clique no botão que corresponde a três pontos ordenados na vertical na própria tela do WhatsApp, no canto superior direito, ao lado da lupa.
Windows Phone
Abra o aplicativo e clique no botão "Menu" do próprio celular (imagem de três pontos ordenados na horizontal).
Blackberry
Abra o aplicativo e pressione o botão com o símbolo do Blackberry, que fica no próprio aparelho.
Como criar a lista
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1. Clique na opção New List (Nova Lista).
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2. Escolha os contatos que receberão sua mensagem. É importante lembrar que apenas as pessoas que possuem o seu número de telefone na agenda de contatos é que poderão receber o recado.
3. Após escolher todos os contatos, clique em Create (Criar).
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4. Digite a mensagem e aperte Send (enviar).
5. Pronto! Todas as pessoas que você colocou na lista receberão sua mensagem individualmente. Quando uma delas responder, a mensagem aparecerá normalmente entre as suas conversas, como se fosse apenas uma mensagem para você, e as outras pessoas não poderão vê-la.
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6. O contato recebe a mensagem com um ícone que indica que ela foi enviada por uma lista.
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7. Se quiser adicionar ou remover alguém, clique na lista, depois no botão "i" (de informações) e escolha quais nomes quer deletar ou acrescentar.
8. Para apagar a lista, clique em Broadcast Lists > Edit (Editar) e no botão (-).
AÇÕES PENAIS Deputados Asdrúbal Bentes (PMDB-PA) Ação Penal 481 Estelionato, formação de quadrilha e crime eleitoral Data de autuação: 17/04/2008
Giovanni Queiroz (PDT-PA)Ação Penal 476 Injúria, desacato, crime contra a honra e calúnia Data de autuação: 17/03/2008
Jader Barbalho (PMDB-PA)Ação Penal 336 Emprego irregular de verba pública Data de autuação: 23/05/2003 Ação Penal 398 Peculato 13/10/2005 Ação Penal 339 Crime contra o sistema financeiro nacional Data de autuação: 17/6/2003 Ação Penal 397 Falsidade ideológica, formação de quadrilha, estelionato, crime de lavagem Data de autuação: 29/8/2005 Ação Penal 374 Crime contra a administração em geral Data de autuação: 21/06/2004
Lira Maia (DEM-PA) Ação Penal 524 Crime contra a Lei de Licitações Data de autuação: 09/11/2009 Ação Penal 484 Crime de responsabilidade Data de autuação: 30/04/2008 Ação Penal 517 Crime de responsabilidade Data de autuação: 26/06/2009 Ação Penal 518 Crime de responsabilidade Data de autuação: 29/06/2009
Paulo Rocha (PT-PA)Ação Penal 470 Crimes praticados por funcionários públicos contra a administração em geral, quadrilha ou bando e crimes de “lavagem” ou ocultação de bens, direitos ou valores Data de autuação: 12/11/2007
Wladimir Costa (PMDB-PA)Ação Penal 415 Crimes contra a honra Data de autuação: 14/02/2007 Ação Penal 474 Crimes contra a honra Data de autuação:12/12/2007 Ação Penal 528 Investigação penal Data de autuação: 25/02/2010
Senador Mário Couto (PSDB-PA)Ação Penal 440 Crime eleitoral Data de autuação: 13/07/2007
INQUÉRITOS Deputados Bel Mesquita (PMDB-PA)Inquérito 2965 Crime previsto na legislação extravagante Data de autuação: 13/05/2010
Jader Barbalho (PMDB-PA)Inquérito 2051 Crime contra a administração em geral Data de autuação: 07/10/2003 Inquérito 2909 Crime contra a ordem tributária 09/02/2010 Inquérito 1332 Peculato Data de autuação: 13/10/1997 Inquérito 498 Peculato Data de autuação: 08/09/2008 Inquérito 2760 Crime de lavagem, formação de quadrilha e contra o sistema financeiro nacional Data de autuação: 30/09/2008
Lira Maia (DEM-PA)Inquérito 2762 Crime de responsabilidade Data de autuação: 15/10/2008 Inquérito 2858 Crime de responsabilidade Data de autuação: 18/09/2009 Inquérito 2742 Peculato Data de autuação: 06/08/2008 Inquérito 2819 Crime de responsabilidade Data de autuação: 03/06/2009 Inquérito 2875 Crime de responsabilidade Data de autuação: 26/10/2009 Inquérito 2941 Emprego irregular de verbas ou rendas públicas Data de autuação: 12/4/2010
Wladimir Costa (PMDB-PA)Inquérito 2915 Calúnia e difamação Data de autuação: 23/02/2010
Senadores Flexa Ribeiro (PSDB-PA) Inquérito 2266 natureza não informada/corre em segredo de justiça Data de autuação: 30/09/2005 Inquérito 2939 Crime eleitoral Data de autuação: 08/04/2010
Mário Couto (PSDB-PA) Inquérito 2539 desobediência às determinações da Justiça Eleitoral Data de autuação: 10/05/2007
Oito anos na Presidência da República fizeram de Lula um mito. Ele escapou ileso do escândalo do mensalão, bateu recorde de popularidade, consolidou o Brasil como um país de classe média e elegeu uma quase desconhecida como sua sucessora. Os opositores reconheciam e temiam seu poder de arregimentação das massas. O líder messiânico, o novo pai dos pobres, o protagonista do primeiro governo popular da história do Brasil encontra-se atualmente soterrado por uma montanha de fatos pesados o bastante para fazer vergar qualquer biografia - até mesmo a de Lula. Investigações sobre corrupção feitas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público vão consistentemente chegando mais perto de Lula. Ele próprio é foco direto de uma dessas apurações. Do seu círculo familiar mais íntimo ao time vasto de correligionários, doadores de campanha e amigos, o sistema Lula é formado predominantemente por suspeitos, presos e sentenciados. Todos acusados de receber vantagens indevidas de esquemas bilionários de corrupção oficial.
O mito está emparedado em verdades. Lula teme ser preso, vê perigo e conspiradores em toda parte, até no Palácio do Planalto. Chegou recentemente ao ex-presidente um raciocínio político dividido em duas partes. A primeira dá conta de que sua derrocada pessoal aplacaria a opinião pública, esse monstro obstinado, movido por excitação, fraqueza, preconceito, intuição, notícias e redes sociais. A segunda parte é consequência da primeira. Com a opinião pública satisfeita depois da punição a Lula, haveria espaço para a criação de um ambiente mais propício para Dilma Rousseff cumprir seu mandato até o fim. Nada de novo. A política é feita desse material dúctil inadequado para moldar alianças inquebrantáveis e fidelidades eternas.
Os sinais negativos para Lula estão por toda parte. Uma pesquisa do Ibope a ser divulgada nesta semana mostrará que a maioria da população brasileira condena a influência de Lula sobre Dilma. Some-se a isso o contingente dos brasileiros que até comemorariam a prisão dele, e o quadro fica francamente hostil ao ex-presidente. O nome de Lula e os de mais de uma dezena de pessoas próximas a ele são cada vez mais frequentes em enredos de tráfico de influência, desvios de verbas públicas e recebimento de propina. Delator do petrolão, o doleiro Alberto Youssef disse que Lula e Dilma sabiam da existência do maior esquema de corrupção da história do país. Dono da construtora UTC, o empresário Ricardo Pessoa declarou às autoridades que doou dinheiro surrupiado da Petrobras à campanha de Lula à reeleição, em 2006. O lobista Fernando Baiano afirmou que repassou 2 milhões de reais do petrolão ao pecuarista José Carlos Bumlai, amigo de Lula e tutor dos negócios dos filhos do petista. Baiano contou aos procuradores que, segundo Bumlai, a propina era para uma nora do ex-presidente. A relação de nomes é conhecida, extensa e plural - dela faz parte até uma amiga íntima de Lula. A novidade agora é que a lista foi reforçada por um novo personagem. Não um personagem qualquer, mas Luís Cláudio da Silva, um dos filhos do ex-presidente. O cerco está se fechando.
A Receita Federal recomendou ao Ministério Público Federal que peça a quebra dos sigilos bancário e fiscal da LFT Marketing Esportivo, que tem como sócio Luís Cláudio Lula da Silva, filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os auditores que trabalham nas investigações da Operação Zelotes também sugerem que as mesmas medidas sejam adotadas em relação ao restaurante Sanfelice Comércio de Massa Artesanal, que está em nome de Myriam Carvalho, filha de Gilberto Carvalho, ex-ministro e ex-chefe de gabinete de Lula.
Nos dois casos, a recomendação é que as quebras sejam feitas entre 2008 e 2015, abarcando todo o período de funcionamento das empresas. Ambas foram abertas em 2011.
As solicitações, da área de Inteligência da Receita, foram encaminhadas aos procuradores da República que atuam na força-tarefa da Zelotes. Cabe a eles enviar os pedidos à Justiça Federal.
A empresa do filho de Lula entrou no foco das investigações após a descoberta de que recebeu repasses da Marcondes & Mautoni Empreendimentos, empresa de lobby contratada por montadoras de veículos para supostamente "comprar" medidas provisórias nos governos de Lula e da presidente Dilma Rousseff. A quebra de sigilo da Marcondes revelou a transferência de ao menos 1,5 milhão de reais para a LFT em 2014.
Os investigadores querem levantar outras eventuais fontes de receita da empresa de Luís Claudio, além do destino do dinheiro recebido da Marcondes & Mautoni. A suspeita é de que os repasses para a LFT tenham relação com a MP 627/2013, uma das três normas que teriam sido encomendadas pelo setor automotivo. Por causa dos indícios de irregularidade, a Justiça autorizou busca e apreensão na sede da empresa, em São Paulo. No escritório, também funcionam outras duas firmas de Luís Cláudio - a Touchdown e a Cassaro.
A defesa de Luís Cláudio nega irregularidades nos contratos.
Questionado no início do mês, o filho de Lula confirmou ter recebido 2,4 milhões de reais da Mautoni por serviços prestados em sua área de atuação. Os recursos seriam referentes ao período de 2014 e 2015.
Em 2014, 97% do que a Mautoni faturou veio de contratos com montadoras. O dinheiro que saiu da empresa em 2014, segundo relatórios da Receita, foi para os sócios e o filho de Lula. Os advogados da LFT informaram que, "infelizmente", não poderiam comentar a recomendação de quebra de sigilos, pois se trata de algo que desconhecem.
Os pedidos sobre o restaurante Sanfelice, em nome da filha do ex-ministro Gilberto Carvalho, seguem a mesma lógica. Os investigadores querem saber se o petista usou a empresa em nome da filha para receber dinheiro da Marcondes & Mautoni.
Documentos apreendidos em fases anteriores da Zelotes mostram o nome do ex-chefe de gabinete de Lula associado a inscrições sobre a MP 471, de 2009, editada pelo então presidente. Para os investigadores, havia um "conluio" entre ele e a consultoria na defesa de "interesses do setor automobilístico".
Segundo dados públicos da Receita, o restaurante foi aberto em 25 de maio de 2011, em Brasília, com capital de 20.000 reais, e tem como sócios Myriam e Gabriel de Albuquerque Carvalho. A cantina vende massas congeladas para preparo em casa e chegou a ter uma filial, funcionando como restaurante, fechada recentemente.
A reportagem não conseguiu contato ontem com Carvalho ou com os sócios do restaurante. O ex-ministro nega conluio com os investigados e sustenta nunca ter feito gestões a respeito no governo ou recebido valores do grupo.
A já desgastada relação da presidente Dilma Rousseff com seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, ficou ainda pior nesta segunda-feira: em conversas com aliados, Lula não escondeu a mágoa com sua criatura, e responsabilizou a sucessora pela operação de busca e apreensão feita pela Polícia Federal na empresa LFT Marketing Esportivo, pertencente a Luís Cláudio, seu filho mais novo. O ex-presidente completa nesta terça-feira 70 anos, mas o clima não é de comemoração. Em conversa com pelo menos três amigos na segunda, em momentos distintos, Lula se queixou de Dilma e disse que a situação "passou dos limites", segundo o jornal O Estado de S. Paulo.
Para o ex-presidente, Dilma só ouve o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo - que, na sua avaliação, quer apenas "aparecer" -, e não entende que, em nome do combate à corrupção, pode destruir o projeto político do PT.
Em São Paulo, o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, tentou ontem pôr panos quentes na crise e acalmar Lula. Não conseguiu. "O governo não tem qualquer interferência nas investigações. Agora, nem a Operação Lava Jato nem a Zelotes podem ser a agenda do país", disse Wagner. "Precisamos virar essa página."
Lula estará em Brasília na quinta-feira para participar da reunião do Diretório Nacional petista, e vai pregar uma forte reação do partido ao que chama de "ofensiva" para destruir o PT e o seu legado. Além de Luís Cláudio, o presidente do Sesi, Gilberto Carvalho - chefe de gabinete de Lula de 2003 a 2010 e ministro da Secretaria-Geral da Presidência no primeiro mandato de Dilma - também foi citado no relatório da Operação Zelotes.
Braço direito de Lula, apelidado por ele de "Gilbertinho", Carvalho prestou depoimento ontem no inquérito que investiga a denúncia de compra de medidas provisórias para favorecer o setor automotivo.
'Mentirão' - Um dos amigos que conversaram com Lula contou que ele estava "furioso" e chegou a chamar a delação premiada feita em outras operações, como a Lava Jato, de "mentirão premiado". Disse, ainda, que o governo Dilma "perdeu o controle" das investigações e que ilações são vazadas, sem prova, para enfraquecê-lo e impedir uma nova candidatura dele, em 2018.
O ex-presidente disse ter perdido até mesmo o ânimo para comemorar seu aniversário. O Instituto Lula, porém, vai organizar uma reunião para lembrar a data. Os amigos queriam promover uma festa para Lula na quinta-feira, no restaurante São Judas, em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, mas ele pediu para que a confraternização fosse cancelada.
Em nota, o Instituto Lula afirmou que "não têm qualquer fundamento" as informações de que o ex-presidente responsabilizou Dilma pela ação da Polícia Federal.
A Polícia Federal deflagrou nesta segunda-feira a quarta fase da Operação Zelotes, que investiga fraudes em julgamentos do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, ligado ao Ministério da Fazenda. Em comunicado, a PF informou que 33 mandados judiciais estão sendo cumpridos nesta manhã, sendo 6 de prisão preventiva, 9 de condução coercitiva e 18 de busca e apreensão.
Segundo reportagem do jornal o Estado de S. Paulo, os policiais fizeram buscas no escritório de Luís Claudio Lula da Silva, filho do ex-presidente Lula. Ele é dono da empresa LFT Marketing Esportivo, suspeita de receber pagamentos de uma das consultorias investigadas por lobby na "compra" da MP 471, que prorrogou benefícios fiscais de empresas do setor automobilístico. De acordo com as investigações, a Marcondes & Mautoni Empreendimentos repassou à LFT 2,4 milhões de reais - o valor foi transferido em parcelas de 400.000 reais. A empresa foi aberta por Luís Claudio em 2011, mesmo ano em que a MP começou a vigorar.
Entre os presos está o lobista Alexandre Paes dos Santos, conhecido como 'APS', suspeito de participar do esquema de negociação da MP, e o ex-conselheiro do Carf José Ricardo da Silva. O dono da Caoa, Carlos Alberto Oliveira Andrade, foi alvo de condução coercitiva.
"Esta nova etapa da operação aponta que um consórcio de empresas, além de promover a manipulação de processos e julgamentos dentro do Carf, também negociava incentivos fiscais a favor de empresas do setor automobilístico", informou a PF, em nota. A operação encontrou provas que indicam "provável ocorrência" de tráfico de influência, extorsão e corrupção de agentes públicos para que "uma legislação benéfica a essas empresas fosse elaborada e posteriormente aprovada". Cerca de 100 agentes participaram da operação deflagrada no Distrito Federal, São Paulo, Piauí e Maranhão.
Após o fim melancólico da CPI da Petrobras, encerrada nesta semana depois de poupar todos os políticos e parlamentares envolvidos no propinoduto que sangrou a estatal, deve ganhar os holofotes na Câmara dos Deputados outra comissão de inquérito com potencial avassalador para o governo e o PT. Ainda despercebida, a CPI dos Fundos de Pensão se debruça, há dois meses, sobre contratos com indícios de também terem sofrido influência de figuras petistas já conhecidas do noticiário policial, como o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, ambos presos na Operação Lava Jato. De acordo com o presidente da CPI, o deputado Efraim Filho (DEM-PB), já está constatado que o mesmo modus operandi usado nos escândalos do mensalão e do petrolão foi repetido nos recursos destinados a aposentados e pensionistas. "O que a gente identifica é que há uma máquina de corrupção do PT para financiar um projeto de poder", afirma o parlamentar. O foco da comissão, nos próximos dias, será conseguir aprovar a convocação do pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Lula, suspeito de articular o pagamento de propina à nora do petista com recursos da Sete Brasil, empresa ligada à Petrobras. Leia a entrevista ao site de VEJA.
A CPI dos Fundos de Pensão também corre o risco de acabar em pizza? Toda CPI começa com a presunção de pizza, mas eu estou otimista de que teremos bons resultados. Há uma diferença de que essa CPI está sendo comandada pela oposição, então o governo não influencia aqui. Ainda há a questão do apelo social da comissão, estamos defendendo aposentados e pensionistas, e isso dificulta também o discurso de blindagem do governo. A CPI é protagonista dos seus fatos. Nós vamos produzir as provas da nossa investigação. Nós não temos uma operação Lava Jato ao lado que pauta a comissão. Para nos ajudar nas apurações, nós requisitamos o apoio de servidores do Banco Central, do Tribunal de Contas da União, da Comissão de Valores Mobiliários, da Previc e da Polícia Federal.
Em dois meses, o que a CPI já pôde constatar? Logo percebemos que o mesmo modus operandi do mensalão e do petrolão pode ser identificado nos fundos de pensão, que é o aparelhamento das instituições, o tráfico de influência e o direcionamento dos negócios para interesses pessoais. Isso em um montante de 350 bilhões de reais em quatro fundos de pensão (Petros, Previ, Funcef e Postalis).
As delações da Lava Jato podem ajudar nas investigações?Sem dúvidas. Já estávamos debruçados sobre o Postalis e a delação do Fernando Baiano jogou ainda mais luz sobre esse processo, identificando interesses de pessoas como Eike Batista, João Ferraz (ex-presidente da Sete Brasil), José Carlos Bumlai (amigo do ex-presidente Lula) e Lula. O Ferraz esteve na comissão no início do mês e afirmou que se encontrou com o Lula. Ele falou isso antes da delação, o que já legitima pelo menos parte das declarações do delator. Agora, há informações de bastidores de que o próprio Ferraz está em processo de delação na Lava Jato. Ou seja, podem surgir novas evidências em breve.
Como os dois escândalos de corrupção se relacionam? O que a gente identifica é que há uma máquina de corrupção do PT para financiar um projeto de poder. E essa máquina de corrupção agiu onde ela identificou potencial para isso. Nós já vemos aparecer nomes como João Vaccari Neto e José Dirceu, figuras que estão nas duas frentes das investigações. Dirceu, inclusive, já está convocado para a CPI para explicar a atuação dele na Funcef. No relatório de indiciamento do ex-ministro no âmbito da Java Jato, há uma tabela feita pela Polícia Federal que aponta duas notas frias do Milton Pascowitch (lobista também preso) que somam mais de 3 milhões de reais. E a nota era para a articulação de recursos junto aos fundos de pensão.
E qual o envolvimento do ex-tesoureiro do PT? A Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo), da qual Vaccari foi presidente, acabou fornecendo muita mão de obra para ocupar cargos de direção das entidades. Muitos dos atuais diretores dos fundos de pensão têm origem lá no sindicato dos bancários, entre eles o Antônio Carlos Conquista, presidente da Postalis. Há ainda a suspeita de tráfico de influência de Vaccari e o doleiro Alberto Youssef para influenciar decisões nos fundos.
Qual a relação entre partidos políticos e as irregularidades nos fundos de pensão? Dos quatro fundos hoje investigados, três deles são comandados por filiados ao PT: Petros, Funcep e Postalis. Por "mera coincidência", os três que apresentam déficit. O único que não é filiado ao PT é a Previ, e é o único fundo que apresenta balanço positivo. É sintomático. Já podemos perceber uma grande influência do José Dirceu, do João Vaccari Neto, e, em acordo de delação, o Fernando Baiano disse que quem indicou o João Ferraz à Sete Brasil foi o Antônio Pallocci (ex-ministro da Fazenda). Também queremos entender a particpação de José Carlos Bumlai, que é próximo a João Ferraz e ao ex-presidente Lula.A CPI está fazendo um levantamento que mostra como as indicações de investidores acabou virando cabide de empregos para apadrinhamentos e pretende apresentar uma certa vinculação entre designações para esses conselhos e militância partidária.
Há a garantia de que, se convocado, o Bumlai vai prestar depoimento? Ele será chamado a depor nem que seja à força. Para ele ir, depende de um ato exclusivamente meu, que sou presidente. Por isso que eu digo que uma CPI comandada pela oposição é diferente. A minha dificuldade é que para aprovar o requerimento é necessário o apoio da maioria do colegiado. Depois de aprovado, ele senta lá no outro dia - ele vai e vai rápido. Agora, está claro que a blindagem do governo é para não deixar aprovar essa convocação. O governo mobilizou a sua base e tenta tratorar a votação. Mas há um lado bom que, com a divulgação do envolvimento dele, a gente tem ganhado um tempo para que a própria opinião pública tome conhecimento da atuação do amigo do Lula. Eu consigo identificar alguns votos flutuantes que são muito sensíveis à opinião pública. A gente acaba trazendo esses votos para contribuir com o aprofundamento das investigações na CPI.
A CPI já teve acesso a documentos relacionados à Lava Jato? Eu estive em uma audiência com o juiz Sergio Moro e ficou acertado o compartilhamento das informações e ainda a liberação do doleiro Alberto Youssef para prestar depoimento. Pedimos também o compartilhamento da quebra de sigilo do Vaccari e do próprio Youssef. A Lava Jato tem documentos que para eles eram questões secundárias, mas que são o nosso foco, como a descoberta de uma relação dos investigados com a Funcef.
O que já está em investigação sobre os fundos de pensão?São mais de trinta inquéritos da Polícia Federal relacionados a fundos de pensão - o Postalis é recordista deles e também está sendo investigado. A Funcef e a Petros também têm algumas investigações em curso. Já a Previ, que tem uma governança mais sólida, tem um processo menor.
Faltam menos de dois meses para o fim da CPI. Haverá tempo suficiente para a análise de toda essa documentação? O prazo de encerramento é no dia 8 de dezembro, mas, obviamente, vamos solicitar a prorrogação. Ainda que estejamos no recesso, a investigação não para. Nós temos um volume de informação tão grande que teremos um trabalho volumoso para a equipe de consultoria. Pedimos todas as informações de todos os contratos desses quatro fundos. Tem muita coisa que a gente ainda não conseguiu se debruçar. Quatro meses é um tempo extremamente exíguo, eu espero contar com a prorrogação. A Operação Lava Jato tem dois anos e meio. Nós ainda estamos na primeira fase. A ideia é que a seja só o primeiro passo para uma investigação maior.