Rosângela do Socorro da Silva, 45, estava
amarrada quando morreu queimada dentro de sua residência na manhã de ontem. O
companheiro da vítima, José Luís Martins Araújo, é o principal suspeito de ter
provocado o incêndio e de ter amarrado a vítima a uma corrente para que ela não
escapasse das chamas. Rosângela morava na rua C do conjunto Artur Bernardes, no
Tapanã. Vizinhos ainda ouviram pedidos de socorro da vítima, mas não houve tempo
de salvá-la. A mulher sofria de depressão devido aos maus-tratos que sofria do
marido. Moradores estavam assustados com a violência e disseram que diversas
vezes denunciaram as agressões sofridas por Rosângela à polícia.
O fogo começou
por volta de 11h de ontem. Uma explosão no imóvel assustou os vizinhos de
Rosângela e José Luís. As chamas se espalharam rapidamente pela casa de madeira.
Maria Ramos Santos, 70, vizinha do casal, disse que estava sentada na sala na
companhia de uma de suas filhas quando ouviu a explosão.
"Nós escutamos um
barulho forte como se estivesse estourado algo. Quando corremos para o lado de
fora, vimos o fogo e ainda escutamos o grito dela (Rosângela). Nós ligamos para
os bombeiros e para a polícia", disse a idosa, que chegou a passou mal ao ver a
casa da vizinha consumida pelas chamas. Quando o resgate chegou, a vítima já
estava morta, carbonizada.
"Desde ontem
(anteontem) ele estava mexendo com fogo", acusa Maria Ramos, que mora há 10 anos
no local e não imaginava que a situação fosse tomar essa proporção. Ela diz que
José Luis já tem um histórico de agressões contra a esposa. "Ele é alcoólatra e
constantemente maltratava a companheira. Logo quando a conheci ela era uma
pessoa normal, trabalhava em casa de família, mas diante de tantas agressões e
tantos tormentos ela ficou depressiva. Atualmente, ela vivia amarrada dentro de
casa", completou a vizinha que estava chocada diante da violência.
O Liberal.
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